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NOTÍCIA
A operadora vai empregar uma tecnologia desenvolvida pela Ericsson que permitirá à tele ligar o 5G nas frequências (espécies de "rodovias" por onde trafegam os sinais) já usadas para 4G, 3G e 2G. A mesma estratégia foi adotada recentemente por operadoras que quiseram antecipar a cobertura em países como EUA, Alemanha e Suíça, por exemplo.
A rede, no entanto, não vai desfrutar de outras vantagens do 5G, como a baixa latência (espécie de tempo de reação entre um pacote de dados ser enviado para a rede e retornar ao dispositivo). É um dos fatores mais importantes para a tecnologia, que pode garantir, por exemplo, a segurança de carros sem motorista nas ruas.
Leilão
A expansão do 5G em larga escala e pleno potencial no Brasil ainda depende do leilão das faixas de frequências que será promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O certame estava previsto para 2020, mas ficou para 2021, ainda sem data definida. Ali serão leiloadas as faixas específicas por onde o sinal do 5G vai alcançar todo o País, sendo que a principal delas será a de 3.500 Mhz.
O leilão está atrasado porque a Anatel ainda estuda como evitar que o 5G "trombe" com o sinal de parabólicas, que também usam a mesma frequência."Algumas coisas ainda dificultam a expansão do 5G no Brasil. Daí a importância de evoluir a partir das redes já disponíveis", explica Paulo César Teixeira, presidente da unidade de consumo e empresas da Claro. Nessa operação, a Claro vai usar, inclusive, frequências que pertenciam à Nextel, operadora que foi adquirida no início deste ano. Segundo Teixeira, isso não significa que a empresa não vai participar do leilão.
Bairros
No Rio de Janeiro, a cobertura do 5G começará por Ipanema. Até o fim de setembro, chegará também a Leblon e Lagoa, se expandindo por toda a orla, do Leme até a Barra da Tijuca. Em São Paulo, a cobertura parte da região da Avenida Paulista e Jardins. A Claro promete que o 5G terá conexões 12 vezes mais velozes que o 4G convencional.
Segundo Teixeira, nos testes já foram registrados picos de até 400 megabytes por segundo, valor bem maior que a velocidade média da banda larga no País, na casa dos 50 megabytes por segundo. Na estreia do 5G, os brasileiros ainda terão que lidar com a pequena disponibilidade de dispositivos compatíveis. Para contornar o problema, a Claro fechou parceria com a Motorola, que lançou na semana passada o Motorola Edge, compatível com a rede. Ele tem tecnologia da Qualcomm e é vendido por aqui a R$ 5,5 mil.
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"Claro vai ativar sinal de 5G em SP e Rio na semana que vem"
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